A procrastinação é o ato de atrasar o curso de uma ação.
Ou seja, a procrastinação é o comportamento de deixar determinadas atividades para depois.
No entanto, a procrastinação também é, além de atrasar o curso de uma ação, o indivíduo atrasa o curso de uma ação, mesmo sabendo que tal comportamento trará consequências negativas para a sua vida.
O adiamento do início ou da continuação da tarefa pode ser indefinido.
Isto é, a pessoa pode procrastinar, literalmente, anos.
Os estudos mostram que este comportamento de procrastinar traz malefícios para a saúde mental do sujeito.
Esta ação mexe na percepção de autoeficácia do ser humano ou mesmo na percepção de quão inteligente este é.
Ou seja, a pessoa começa a se enxergar como menos capaz em razão deste comportamento procrastinador.
A procrastinação não é um transtorno.
A procrastinação é um sintoma.
A procrastinação é muito comum em pacientes com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
Na população adulta, a procrastinação gira em torno de 15 a 20%, já em adolescentes, a procrastinação pode chegar a 50%, isto é, mais que o dobro.
O Córtex Pré-Frontal no adolescente, ou seja, a região atrás da testa, não está completamente desenvolvido.
Esta região do Córtex Pré-Frontal realiza comportamentos que não ocasionam recompensas imediatas.
O Córtex Pré-Frontal faz a ação difícil quando é a ação correta a fazer, por exemplo, começar a praticar exercícios físicos, fazer dieta e estudar.
Na década de 70, os estudos apontam que a procrastinação na população adulta era de 4 a 5% e hoje em dia é de 15 a 20%, isto é, ela quadruplicou.
Em hipótese, a procrastinação aumentou consideravelmente em virtude destes 3 principais motivos:
- Crescimento no número de distratores, por exemplo, as inúmeras informações que a Internet possibilita.
- Intensificação de recompensas rápidas, por exemplo, a grande frequência no uso de celulares.
- Busca extrema do perfeccionismo, ou seja, nunca o momento está bom o suficiente para iniciar uma atividade.
Quando existem regras, a tendência é que a pessoa procrastine menos, por exemplo, entregar um trabalho de Faculdade em uma determinada data.
O mundo é de quem faz.
Se você ficar no plano das ideias, teoricamente, você não existe.
O perfeccionismo é um dos maiores venenos para a procrastinação.
Existe o perfeccionismo para começar e para continuar.
O perfeccionismo é uma estratégia compensatória frequentemente relacionada à interpretação do sujeito sobre a sua capacidade.
Muitas vezes, a pessoa não faz por acreditar que as outras pessoas são melhores do que ela.
A dopamina é um neurotransmissor relacionado à motivação.
Motivação para buscar o prazer ou motivação para fugir da dor.
Procrastinar não é apenas um problema de motivação, mas também, um problema de estruturação cognitiva, isto é, a existência de crenças extremamente rígidas sobre a própria competência.
Às vezes, o ser humano tem uma motivação, mas uma motivação para fugir do contexto.
É possível reduzir a procrastinação com estas 8 estratégias poderosas:
- Ligar a tarefa que está sendo executada com uma determina recompensa futura, por exemplo, finalizar um trabalho de Faculdade complicado para passar em determinada Disciplina.
- Recompensar o processo, por exemplo, fazer pausas para tomar um sol ou caminhar ao ar livre.
- Criar uma agenda com regras, por exemplo, pautar a agenda por cores.
- Estabelecer as 3 atividades mais importantes do dia no período da manhã e não negociar tais atividades com você mesmo.
- Automatizar os hábitos, por exemplo, se o sujeito quer começar a beber água com mais frequência, ele deve comprar uma garrafinha de água e ter ela sempre por perto ou se o indivíduo quer começar a treinar, ele deve treinar em uma academia perto da sua casa.
- Modular o seu micro ambiente, por exemplo, ler um livro sentado em uma mesa e não deitado em um sofá.
- Relacionar ao comportamento uma recompensa que a pessoa sabe que gosta, por exemplo, ligar o videogame apenas quando finalizar o trabalho da Faculdade.
- Procurar uma Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para reestruturar a sua cognição, ou seja, realizar uma alteração generalizada nas crenças rígidas associadas à capacidade e competência.